sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Navio de guerra

A navegação, na Idade Média sem o estímulo do comércio, pouco evolui. Os navios sofrem poucas modificações desde a era greco-romana, embora entre os aperfeiçoamentos importantes esteja a disseminação do uso do leme. Com a Renascença começa a idade de ouro dos veleiros. A caravela portuguesa é um dos primeiros exemplos de um navio pequeno, mas altamente confiável para viagens oceânicas, que permite o início da expansão marítima e a descoberta do resto do mundo pelos europeus.
Navios brasileiros couraçados são projetados para atacar as fortes defesas paraguaias em Humaitá, no Rio Paraguai. Na segunda metade do século XIX surgem os navios blindados capazes de travessias oceânicas, como o pioneiro britânico Warrior, preservado hoje ao lado da nau Victory.
A colocação de canhões mais pesados em torres substitui as longas baterias no bordo dos navios. A invenção do torpedo leva à criação de um navio especializado, o torpedeiro, capaz de afundar um navio maior com sua arma poderosa. No início do século XX a especialização dos navios prossegue: surgem couraçados maiores e mais rápidos (dreadnought), novos cruzadores para navegar na frente das frotas de batalha e proteger comboios de navios mercantes (ou atacar os do inimigo), além da réplica dos torpedeiros, os contratorpedeiros ou destróieres (do original inglês “torpedo-boat destroyer”).
A criação do submarino dá uma nova dimensão à guerra naval. Submarinos alemães quase derrotam, sozinhos, o Reino Unido durante as duas guerras mundiais. Na 1ª Guerra Mundial (1914-1918) o couraçado vive seu auge; já na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ele é destronado pelo porta-aviões, cujos aviões alcançam distâncias bem maiores que os canhões do couraçado: centenas de quilômetros contra cerca de 40 quilômetros. A propulsão nuclear torna os navios independentes de reabastecimento de combustível e cria o submarino completo, talvez a mais letal arma naval da atualidade. Os modelos convencionais, ou diesel-elétricos precisam de ar para o uso de seus motores diesel, que carregam as baterias elétricas. Com o submarino nuclear, tal necessidade torna-se totalmente dispensável.

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